domingo, abril 30, 2006

Saudade


Hoje vou cruzar o Tejo, espera-me o meu amor, estou feliz!

sábado, abril 29, 2006

Um diabinho no sítio certo

sexta-feira, abril 28, 2006

Um pouco de cultura linguística tradicional


E fumos à parte...

Cá vão alguns termos tradicionais e típicamente alentejanos...

Abogão, adj. - Desajeitado, bruto;

Bacorinho, adj. - Diz-se da pessoa que está a fazer porcarias;

Bacoreira, s.f. - Mulher gorda e porca, mulher alcoviteira;

Badaala, s.f. - Mulher leviana, sem juízo;

Caldufa, s.f. - Caldo mal feito, pouco temperado, aguado;

Caramelo, s.m. - Gelo que se forma na superfície dos charcos ou das águas paradas;

Carcalhar, v. Int. - Gargalhar, rir;

Cuca!, interjeição - Fora! Ponha-se na rua!;

Desalvorido, adj. - Com a cabeça perdida, alucinado;

Desengaiterado, adv. - Precipitado, a correr;

Esgarrão, s.m. - Rasgão, Farpão. Chuva forte e repentina;

Gimbrar, v. tr. e int. - Trabalhar;

Marlé, adj. - Zangado, irritado, indisposto;

Pardelhanzão, s.m. - Grande bebedeira;

Ruça, s.f. - Lebre;

Roedura, s.f. - Calo ou ferida nos pés;

Santana, adj. - Diz-se de pessoa muito religiosa, beata;

Zango, s.m. - Mosca grande.

In Dicionário de Falares do Alentejo
Editora Campo de Letras

Que tudo fosse assim ;)

Horas passadas em Centros de Emprego contam como emprego

Após forte contestação quanto aos números que indicavam uma descida do desemprego em Março, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social reconheceu que ouve uma mudança nos métodos de cálculo do Instituto de Emprego e Formação Profissional. "Cada vez mais pessoas passam horas e horas nos Centros de Emprego, mais tempo do que os próprios funcionários do Centro de Emprego, pelo que limitámo-nos a considerar essas centenas de milhares de pessoas como desempregados profissionais, afastando-os assim dos números do desemprego real, os que passam a vida em frente dos portões das fábricas de sapatos", explicou Vieira da Silva. "Estar desempregado, no fundo, é um estado de espírito", concluiu.

In oInimigoPúblico 28 de Abril 2006

quinta-feira, abril 27, 2006


Quem não se lembra d' Os Goonies?... E se se lembram e viram o filme, será que se lembram assim tão bem? Mmmm? Vá... toca lá a arranjar 5 minutitos para fazer este quiz...



Meus amigos, ora vamos lá fazer o favor de prestar atenção:

Este documento é da CGD, mas aplica-se totalmente a qualquer
instituição e aos seus devassos(as) colaboradores(as), que se atrevem a vir
em trajos menores para o local de trabalho, numa provocação directa e
deliberada para com as chefias e os colegas!!!....




Hoje ouvi dizer que as mulheres que sorriem são mais inteligentes e bonitas, mas não é por isso que gosto de te ver sorrir, gosto, porque eu ---.--!

quarta-feira, abril 26, 2006


Uma história é sempre uma história, e aqui vos deixo uma, que embora pequena e simples, é uma história da vida, talvez mais um testemunho, uma afirmação, mas sem dúvida, um agradecimento.
É uma história de amor, daquelas que ninguém admite viver, ou ter vivido, ou que simplesmente gostaria de viver.
Uma pessoa pode até sentir-se perdida no que diz respeito a esse por vezes tão maléfico e perturbador amor, mas quando se o encontra na sua mais pura essência, seria pouco sensato não lhe dar a importância devida, mesmo que isso signifique uma mudança, pequena ou grande, dos hábitos e do quotidiano da sua vida.
Eu encontrei esse amor, esse que ama e é amado, esse que nos faz sentir meninos outra vez, e do qual não nos queremos separar até ao fim. Quere-mo-lo té ao fim de tudo, até ao fim de uma vida, que se quer vivida com quem se ama e por quem se é amado. Encontrei desse tipo de amor, por aí, por acaso, ou fui encontrado, por esse amor, do qual tudo esperamos, desde alegrias, à saudade, à dor. Daquele amor que é o amor por ele mesmo, sem números, sem teatro, sem mentira, amor que é amor, só isso, nada mais.
Encontrei o amor da minha vida, e agora ele é a minha vida, e a minha vida é dele.
E esta é a história que aqui vos deixo, é simples, por isso bonita.
---.--

terça-feira, abril 25, 2006


Quero.te
Como és,
Como te sinto.
Entrego.me
Sem condições,
Como sei.
Pura,
A forma que de ti tenho,
Que é minha, como teu sou.
---.--


Na relva verde,
misturam-se sonhos,
nascem vontades,
consolidam-se vidas.

Uma sombra,
Duas vidas,
Um futuro.
---.--

Outro sitio... Onde só os dois sabem...
---.--

domingo, abril 23, 2006

Penso em ti,
Penso nas horas passadas,
Penso nelas como breves momentos,
Como que segundos de uma vida
Que nos aguarda.
---.--

sexta-feira, abril 21, 2006


Há uns tempos recebi um mail que circulava relativo às diferenças do quotidiano das crianças de hoje, e das da minha geração... Do tipo, de que hoje em dia não se ensina o "Atirei o Pau ao Gato" na sua versão original, uma vez que isso poderá por em causa a estabilidade psicológica das crianças. Outro dos pontos era o da segurança, que antigamente não se usava cinto atrás nos carros, que não existiam cadeiras próprias para cada idade de quem se senta no banco de trás, etc..., e ainda bem que isso evoluiu, sem dúvida que quer os carros, quer as condições de segurança no seu interior melhoraram e muito desde o nosso tempo, no entanto, há uma coisa que não percebo, com tanta preocupação, com tanto cuidado com os rebentos de hoje, gostaria de saber como é que deixam as crianças desde a mais tenra idade andarem com aqueles ténis com rodinhas por baixo... sinceramente não compreendo. Ainda para mais se as rodas fossem de algum compósito aborrachado, tipo as rodas dos skates... mas não, são de plástico!!!!
Quase que imagino uma cena do tipo:
- Oh não sei quantos anda cá ao pai.
E lá vem o não sei quantos disparado a correr, e de repente, como que num acto de magia retirado de um filme de hollywood, o não sei quantos faz sair umas rodas debaixo das solas dos seus ténis, e tal qual super-heroi de BD desloca-se a uma velocidade estonteante em resposta ao chamamento do seu progenitor.
- Estou a ir!!!
Diz ele, cada vez mais capacitando-se que não conseguirá parar os seus ténis de design futurístico a tempo de evitar uma grande pancada com a cabeça na parede, seguida de um espectacular bate-cu no chão, ao qual muito possivelmente se seguiria uma difusão sinfónica de choro que faria a inveja de qualquer mais elaborada orquestra de metais .
Impossível de acontecer?... Talvez sim...
Mas sempre que vejo um puto com ténis desses calçados não deixo de imaginar uma cena dessas, talvez esse pensamento seja alimentado por uns quantos que já vi estatelarem-se no chão, paredes ou mesmo contra alguma peça de mobiliário não inserida no percurso programado no GPS mental da criancinha.
E então, onde está a segurança? - Pergunto.
Talvez então seja melhor desenvolver um sistema de travagem eficiente, capaz de deter essas feras do asfalto, soalhos e afins. Se bem que bonito, bonito, seria quem sabe, inventar até, um sistema de air-bags para proteger esses loucos pilotos de esquinas ou paredes que se lembrem de se lhes atravessar à frente!!!

Distância. Pode-se afirmar que a distância não representa o mesmo para todos, tal como não se pode afirmar que a existência dessa distância não seja anulada independentemente dos quilómetros que separam dois pontos, ou mais precisamente duas pessoas. Há várias formas de o fazer, de provar que sim, que se pode anular, fazer desaparecer, ou reduzir essa distância a um curto espaço temporal, mas preferirei focar o meu raciocinio noutra forma de ver a questão.
Quantas vezes estamos de tal forma tão perto de quem nos acompanha na vida, mas, deparamos com a existência de uma abismal distância entre nós próprios e a outra parte?... Pois é, tal como um olhar aproxima, esse mesmo olhar pode afastar, pode-nos colocar longe, inacessíveis, completamente de parte, fulminados e completamente KO's, como que mortos de sentidos a um canto... E no entanto, é um olhar, ou seja, é um olhar que se cruza dentro de uma área de poucos metros quadrados. Ausência de distância física, mas de uma distância psicológica aterradora! Isto sim, é criar barreiras, é aumentar a distância, é não querer aproximar vidas, desgastar e ser desgastado, porque uma distância destas afecta não só o provocado, mas também o provocador... Venham os quilómetros, venha a amizade e o amor que os encurta ao tamanho de um passo, venham esses quilómetros que se fazem para encontrar um olhar, não para dele fugir, venham esses quilómetros que aproximam duas vidas, venham eles, que criem um futuro, que sejam sólida base para se mostrar quanto se quer encurtar a distância, quando for, como for...
A distância desaparece quando se diz e ouve: Cheguei, estou aqui!. A distância encurta-se quando se mostra muito querer, quando se sente muito a falta, quando se diz: Queria-te tanto aqui agora!...
Pois é... Queria tanto estar contigo agora... E estou, sinto-me contigo, sinto-te comigo...
---.--

quarta-feira, abril 19, 2006

Escrevo páginas e páginas, rabisco incessantemente pequenos cadernos que trago comigo, escrevo ao amor, escrevo à vida, escrevo a tudo e tudo o que me vem à cabeça, e no entanto, cada vez que me sento em frente ao monitor do meu pc, no que na maior parte das vezes se torna na vã e gorada tentativa de aqui deixar umas linhazitas, parece que tudo aquilo pelo qual eu escrevo não me quer ajudar a matraquear o teclado. Talvez por estar habituado a que só uma pessoa (tu), além de mim, leia o que escrevo, e quer queira quer não, aqui, mesmo que sendo uma hipótese remota, acabará por poder haver mais quem leia. Aquilo que sei, é que leia quem ler, será sempre o que eu escrevi, será sempre o que de mim saiu. Assim e sem receio de que alguém possa não compreender, ou mesmo sequer dar algum valor ao que escrevo, e que possa mesmo pensar, ou não, que se trata de mais um belíssimo conjunto de lixo cibernético, escrevo e escreverei, sempre e à semelhança no que faço nos pequenos cadernos.
Mesmo que só eu fique mais do que um minuto a ver o que por aqui há, mesmo que só eu p faça(e também tu, bem sei), não deixarei de aqui escrever o que sinto, poderá não ser à cadência de mil palavras por hora, pode até ser um tímido post mensal, o que for, e já que comecei, continuarei... por mim... por ti.
Talvez esteja já a pensar que continuarás somente tu a ler o que escrevo, talvez por isso o por ti, mas é decididamente por e para nós, por tudo o que para nós representa escrever, tontices que sejam. Escreve-mo-nos desde o primeiro dia, achas que iriamos parar agora? Nops... ---.-- !!


Vasculho na memória algo de ti,
Olhares passados que nunca existiram,
Nunca te vi, nunca te toquei,
Nunca tive os teus dedos na minha cara,
Nunca me passaste a mão no cabelo,
Nem nunca me roubaste uma lágrima que só escapava,
Eu nasci, cresci e nunca me viste a ser menino,
Nunca me viste a correr para os teus braços,
Nem nunca te deixei cair nos meus,
Não partilhámos o primeiro amor,
Não vivemos juntos os primeiros medos,
Mas aqui estou, resistente,
E aqui estarei, persistente,
Insistindo em vasculhar a memória,
Como que para não deixar de o saber fazer,
Porque lá longe no tempo,
Quando a voltar a vasculhar,
Sei que então não custará,
Pois, nada, não é o que encontrarei,
Ver-te-ei em cenas passadas,
Ver-te-ei ao meu lado,
Ver-te-ei comigo a rir, e a chorar, e a amar,
Sentirei não vazio, angustia, mas felicidade,
Ver-te-ei com os lábios a chamar-me tonto,
Saberei então que estás lá,
Tanto na memória como ao meu lado,
E descansarei ao teu colo,
Com a tua mão no meu cabelo,
E os teus dedos na minha cara,
Assim,
Quietos,
Compensando o fraco esforço,
Que despendi em te recordar,
Nos tempos em que me foi dificil,
Sabendo que não te tinha,
Ter força para te amar
.

terça-feira, abril 18, 2006

Uma flor, colhida lá para o Alentejo, uma flor que já percorreu muitos quilómetros no caminho para e de onde veio. Talvez já não esteja tão bela, talvez ninguém olhasse para ela como está, e talvez também já não falte muito para que para sempre desapareça, mas dela ficará a memória, para que quando outras como ela eu veja, me lembre sempre onde, e de quem comigo a colheu.

segunda-feira, abril 17, 2006

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Bem vinda, Papaver Rhoeas...

domingo, abril 16, 2006

Um dia à tarde, num sítio que só os dois sabem...