segunda-feira, julho 24, 2006

Horas


Passam as horas, lentas. Passam sem pressa nem sinal de pressão que as incuta a acelarar o passo. Passam cientes de cada minuto, e a cada seu passo essa mesma vontade de se fazerem prolongar sem nelas existir a mais simples forma de atropelo.
Todo este tempo que me é dado faz pairar no ar que me envolve o peso da minha condição, apto para tudo, mas sem oportunidade para a mais pequena coisa.
É curioso, são estas horas silenciosas, mas em nada detentoras de serenidade, que me dão prova que vivo.